Estima-se que, no Brasil, há mais de 12 milhões de concurseiros. De certa forma, o ambiente que cerca os concursos públicos é hostil. Sempre serão dezenas, centenas e até milhares de candidatos disputando proporcionalmente apenas uma vaga.
Diante disto, os concursos tornam-se terreno fértil para a proliferação de mitos e falácias, que tornam os estudos ainda mais tensos, prejudicando o equilíbrio emocional dos concursandos.
Vamos conhecer agora quais são as 5 mentiras mais contadas e que geram, no mínimo, uma ansiedade naquelas pessoas que sonham com o cargo público.
#1 É preciso "fechar a prova"!
Muitos candidatos, sobretudo aqueles iniciantes, acreditam piamente que para ser aprovado em um concurso devem gabaritar a prova. Isso se trata de uma tremenda falácia. Apenas para exemplificar, vejamos alguns exemplos de concursos realizados em 2015.
No concurso para Defensor Público do Estado do Maranhão, realizado pela FCC, a prova objetiva valia 100 pontos, conforme o edital do concurso. Neste certame, o candidato classificado em 1º lugar somou 83 pontos, conforme resultado divulgado pela banca examinadora.
Outro concurso realizado pela FCC foi o do Ministério Público da Paraíba para diversos cargos. Após as fórmulas aplicadas para calcular a pontuação, vemos que os primeiros lugares também não gabaritaram, conforme resultado disponibilizado. A pontuação com números não-inteiros indica isto.
Na prova do MPU, realizada pelo CESPE, também constatamos que não é necessário gabaritar para passar, de acordo com o resultado das provas objetivas.
Eu mesmo já passei em vários concursos e fui convocado em 5 deles. No entanto NUNCA gabaritei uma prova. Acredite, se você consegue um rendimento de 80% das questões de prova, você é um fortíssimo candidato à vaga.
#2 Você deve estudar muitas horas por dia para passar
Não se deve padronizar comportamentos. Uma coisa é obvia: as pessoas são diferentes e , consequentemente, existem inteligências múltiplas. Há pessoas que têm mais facilidades em certas atividades, e dificuldades em outras. Além do mais, temos que analisar a forma como cada pessoa estuda. Muitos ficam horas sentado e lendo um livro de forma desconcentrada, enquanto outros ficam uma ou duas horas estudando de forma compenetrada. Em uma relação de custo-benefício, temos que o candidato que estudou menos tempo teve melhor resultado, pois acumulou mais conhecimento e menos cansaço físico e emocional.
Assim, muito mais producente é o estudo regular, na medida em que o candidato sinta que está absorvendo o conhecimento e que não se esquecerá facilmente do que aprendeu. Deve-se tentar estudar todos os dias, mesmo que em menor intensidade.
#3 O fulano estudou um mês e passou!
O "fulano" pode até ter estudado apenas um mês, mas um mês APENAS para aquele concurso específico :-). Quando passei no concurso para o Cursos de Formação de Oficiais da Polícia Militar do Ceará, estudei "apenas um mês", haja vista que foi o período em que os professores da UFC, onde eu estudava Ciências Biológicas, entraram em greve. No entanto, eu já carregava comigo um certo conhecimento adquirido quando estudei para o meu primeiro concurso público e para o vestibular.
Em matéria de concursos públicos, tudo o que é estudado para uma prova serve como bagagem para provas futuras. Portanto, embora haja pessoas mais "iluminadas", não tem jeito, os editais estão ficando cada vez mais extensos e complexos, demandando do candidato um prazo mínimo razoável de estudo e dedicação.
#4 Não dá para conciliar trabalho com estudos!
Não caia nessa! Desde os 18 anos de idade, eu trabalho e estudo. Para mim, estes não são hábitos mutuamente exclusivos, mas complementares. E essa rotina não é só minha. Geralmente, os concurseiros passam em concursos de menor porte, tomam posse e permanecem estudando para concursos melhores.
Se, por um lado, trabalhar ocupa tempo e impede algumas horas de estudo, por outro quem apenas estuda está mais propenso a se cobrar mais e, às vezes, surge uma ansiedade que atrapalha muito os estudos.
Portanto, estudo e trabalho são hábitos comuns para os concurseiros e se você trabalha, fique tranquilo, você permanece com grandes chances de passar também.
#5 Quanto maior a concorrência, mais difícil passar!
Embora você possa estar seduzido e propenso a acreditar nesta afirmação, ouso afirmar que se trata de um MITO. Nível de concurso não se mede pela quantidade de inscritos. Para comprovar isso vejamos o concurso para o cargo de Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais, em que aproximadamente mil candidatos se inscreveram para o respectivo concurso e NINGUÉM foi aprovado, isso mesmo! A vaga permaneceu aberta porque todos os candidatos inscritos foram reprovados, confira aqui.
Fato semelhante ocorrera no concurso para o cargo de Juiz do Tribunal de Justiça da Bahia e do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios, veja aqui.
Em um concurso público, o candidato tem que saber que o seu maior concorrente é ele mesmo. Se sua preparação para a prova foi realmente satisfatória, não importa quantos milhares de pessoas estão inscritas. A maioria se inscreve e não estuda de forma dedicada, são apenas número.
Agora que você tomou conhecimento de todos esses mitos, tenha mais tranquilidade para permanecer firme e estudando. Estamos torcendo pela sua aprovação.
Permaneça acessando nosso Blog para conferir mais novidades. Curta nossa Fan Page ou se inscreva aqui, para receber constantemente nossas atualizações. Grande abraço!
Permaneça acessando nosso Blog para conferir mais novidades. Curta nossa Fan Page ou se inscreva aqui, para receber constantemente nossas atualizações. Grande abraço!
Paciência e Persistência!!
Comentários
Postar um comentário